“Passa no cartão?”, “Aceita crédito?” e “No débito é o mesmo preço?” são as perguntas dos consumidores que são ouvidas com cada vez mais frequência pelos empresários brasileiros. Segundo o SPC, já são mais de 52 milhões de brasileiros possuidores de cartão de crédito, o que significa que mais de 77% do mercado consumidor está comprando no cartão de crédito, sem contar quem usa cartão de débito.
As vantagens para o consumidor são muitas: sem necessidade de portar um valor em dinheiro, o valor da compra pode ser diluído de duas a vinte e quatro (!) vezes e o prazo para começar pagar pode se estender por até 40 dias, o que leva muitos consumidores a contar com o limite de crédito como parte de seu orçamento mensal. E para os empresários, quais as vantagens de oferecer pagamentos em cartão? A seguir, listamos vantagens e desvantagens.
3 PROBLEMAS RESOLVIDOS PELA MÁQUINA DE CARTÃO
Apesar de ser encarado por muitos empresários como apenas mais um custo, oferecer outros tipos de pagamento deve ser considerado um investimento no seu negócio. Veja 5 razões para aderir a essa tecnologia:
1- Clientes que devem: Muitos estabelecimentos tradicionais ainda contam com a boa fé de seus clientes e oferecem crediário não-automatizado, ou seja, permitem que seus clientes comprem e paguem depois de um prazo estabelecido. Esse controle pode ser feito através de um “caderno”, ou de boletos, como em um carnê. O problema está em cobrar esses valores devidos do cliente, já que a quitação desses valores depende inteiramente do devedor. Em muitos casos, a única forma de fazer o cliente pagar o que deve é cobrar judicialmente, o que muitas vezes pode ser tão custoso que se sobrepõe ao valor devido, não valendo a pena para o empresário, que acaba por perdoar a dívida, levando o famoso “calote”.
Como a máquina de cartão resolve: Cada transação no cartão de crédito ou débito é administrada por uma empresa financeira, chamada adquirente. Essa terceira parte na equação é o ponto-chave para exterminar o “calote” na sua loja: em caso de não pagamento, a adquirente assume a dívida, mas o empresário recebe seu dinheiro normalmente como se o cliente efetuasse o pagamento. As taxas de cartão são, geralmente, um percentual cobrado para assumir esse risco, que, principalmente em tempos de crise, pode ser bem alto.
2- Caixa que não bate: Todo lojista já passou por esse problema! Ao final do expediente, há o fechamento do caixa, onde os funcionários contam (e recontam) o faturamento do dia e registram tudo em detalhes. No entanto, não é raro que hajam divergências nos valores que entram no caixa em comparação aos valores que são, de fato, encontrados na loja ao final do dia. Muitas vezes isso acontece por um erro humano, no qual um funcionário acaba por inverter os valores e seus devidos meios de pagamento. Por exemplo, um cliente fez uma compra de R$ 250,00, e decidiu pagar R$ 100 em dinheiro, e R$ 150 no cartão de débito. Por descuido, o funcionário registrou o contrário: R$ 150 em dinheiro e R$ 100 no débito. Percebeu a confusão? Agora o lojista acredita que faltam R$ 50 no seu caixa, quando na verdade o dinheiro entrou, mas não foi registrado corretamente. Isso leva a situações muito constrangedoras como, por exemplo, acusações de roubo da parte do funcionário. Ninguém merece!
Como a máquina de cartão resolve: Os modelos de máquina de cartão mais modernos oferecem uma tecnologia que elimina esse problema de uma vez por todas. Essa tecnologia já foi obrigatória em alguns estados brasileiros, mas atualmente quase não é praticada, o que leva muitos empresários a desconhecerem essa opção para melhorar a gestão do seu caixa. Chamada TEF (Transferência Eletrônica de Fundos), realiza, entre outras funções, a automatização de pagamentos no cartão de crédito, sem que haja interferência humana. Explicando em detalhes, essa função dispensa que o funcionário precise digitar na máquina de cartão o valor a ser pago: aqui, tudo é enviado diretamente do sistema da loja, evitando confusão na hora de dividir o pagamento. Dessa forma, tudo que foi pago será registrado exatamente como foi pago, sem erros. Uma ressalva é que essa tecnologia costuma ser paga, com mensalidades médias a partir de R$ 150. No entanto, máquinas realmente modernas já disponibilizam essa função gratuitamente, clique aqui se quiser mais detalhes.
3- Vendas perdidas: O atual cenário econômico exige flexibilidade da parte de quem vende. Se, por um lado, vender no dinheiro é mais atraente, vender no cartão pode atrair muitos clientes e aumentar seu faturamento. A matemática é simples: vale mais a pena perder um pequeno percentual do total da sua venda, ou não vender nada? Para quem escolhe oferecer a máquina de cartão, pagar a taxa administrativa é quase sempre um investimento muito recompensador. No entanto, é preciso estar atento e sempre avaliar o custo benefício da sua aquisição, visto que muitas empresas oferecem máquinas com taxas muito atrativas, mas que pecam em função e acabam atrapalhando suas vendas e sua gestão.
Como a máquina de cartão resolve: Não oferecer pagamento no cartão pode custar até 80% de todas as suas vendas, segundo pesquisa do SEBRAE. Isso significa que ao adicionar essa forma de pagamento no seu estabelecimento, é certo esperar um grande aumento nas vendas do seu estabelecimento. Atualmente, aceitar cartao de crédito e débito é diferencial e fator decisivo nas compras do seu cliente. Mais clientes, mais vendas, mais faturamento: problema resolvido!
Agora que você já sabe que vender no cartão é muito benéfico para o seu negócio, eu quero dar algumas dicas valiosas para que você não seja passado para trás na hora de fechar contrato com alguma adquirente. Para mais dicas como essa, assine nossa newsletter e eu vou te enviar muito conteúdo bom, de tempos em tempos (não fazemos spam).
2 COISAS PARA FICAR ATENTO NA HORA DE OFERECER PAGAMENTO EM CARTÃO
1- Possibilidade de custos muito altos: Sabemos que a maioria das máquinas de cartão cobra uma mensalidade ou aluguel mensal para operar no seu estabelecimento, além das taxas padrão que são cobradas em cada venda. No entanto, as máquinas mais modernas não cobram nenhum tipo de mensalidade, então, cuidado ao contratar um meio de pagamento com mensalidade, pois estas podem chegar a até R$ 130 por máquina de cartão utilizada, sem contar que essa máquina não é sua e, se um dia você optar por não pagar mais, terá que devolver o equipamento.
Como não cair nessa: Já existem máquinas que não cobram nenhum tipo de mensalidade, economizando do empresário até R$ 130 por máquina de cartão adquirida. Além disso, as melhores máquinas desse segmento não costumam ser alugadas, e sim compradas, o que elimina o gasto sem retorno que é o aluguel de equipamento. Dessa forma, você aproveita todos os benefícios da máquina de cartão sem comprometer seu financeiro.
2- Taxas muito altas: Apesar de existirem máquinas de cartão que não cobram mensalidade ou aluguel mensal, como dito no item anterior, apenas não pagar mensalidade não é sinônimo de economia: é preciso ficar muito esperto e verificar se a máquina que você pensa em contratar não está transferindo os custos de mensalidade para as taxas de transação, cobrando taxas altíssimas e que levarão boa parte do seu lucro.
Como não cair nessa: O ideal é que a máquina de cartão seja um bom investimento, logo, um bom custo-benefício para o seu negócio. Ao contratar uma máquina de cartão sem mensalidade ou aluguel, verifique as taxas cobradas em cada tipo de transação (débito, crédito à vista e crédito parcelado) e faça as contas! Geralmente não vale a pena contratar uma máquina sem mensalidade, mas que cobra 5% a cada transação, quando existem opções mais em conta no mercado.
Pronto! Essas dicas vão deixar você preparado para negociar o contrato de uma máquina de cartão e vão economizar muito dinheiro e dor de cabeça na sua empresa. A última dica que eu quero dar tem relação com uma peculiaridade de todas as máquinas de cartão, porém, em quase todos os casos, o empreendedor não está ciente disso!
1 PROBLEMA EM VENDER NO CARTÃO (E calma, tem solução!)
1- O dinheiro demora muito pra cair na conta: Infelizmente, por ser um meio de pagamento eletrônico, é impossível que a adquirente processe o pagamento de maneira automática, como é o recebimento em dinheiro. Esse processamento envolve, entre outras etapas, verificar quem está pagando, o que está pagando, qual o valor, se o cartão é válido e se não está ocorrendo nenhum tipo de fraude. Apesar de demorado, é um processo pelo qual vale a pena esperar, pois garante a segurança do seu pagamento. A média de tempo de recebimento dos valores que você vende em cartão é de 2 dias para débito e de 30 dias para crédito à vista, podendo se estender para até 360 dias para crédito parcelado em 12 vezes.
Como resolver esse problema: Algumas máquinas de cartão trabalham com o que chamamos de “antecipação de valores”. A antecipação consiste na adquirente adiantar para o empresário os valores que ele vendeu no cartão, mas que o cliente ainda não pagou. Se a fatura de cartão de crédito vence a cada 30 dias, é natural que o seu cliente só pague o produto que comprou de você após esse prazo. Para o empresário que não quer esperar e precisa de liquidez, a antecipação de valores é a solução. Ela tem um custo percentual maior que o custo normal de transação de venda no cartão, mas esse custo é necessário para que a adquirente assuma um risco alto de não pagamento do cartão, que aumenta a cada parcela adiantada.
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